Obra das 150 casas em Ibicaraí segue com falhas graves, agora com remanejamento de 4 unidades e alerta da Conder.
Verba para conclusão já foi liberada
O governo do estado da Bahia liberou a parcela final dos recursos para a construção das casas populares do bairro do Luxo, em Ibicaraí, mas a obra segue com problemas importantes.
Uma nova vistoria, realizada em agosto, aponta para problemas que podem indicar possíveis dificuldades para a conclusão da obra até 9 de outubro, data pedida pela prefeitura os fins dos trabalhos.
Nesta sexta-feira, a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) enviou uma comunicação para a prefeita Monalisa Tavares, relatando tanto os problemas que já foram corrigidos quanto os que ainda precisam ser arrumados.
Já não é de hoje que a construção das 150 unidades habitacionais continua enfrentando uma série de problemas estruturais, atrasos e correções de projeto, conforme apontam informações recentes da Conder e da própria Prefeitura Municipal.
Apesar de o novo cronograma indicar conclusão até 9 outubro de 2025, a vistoria técnica mais recente, realizada nos dias 19 e 20 de agosto, revelou uma série de falhas construtivas, incluindo trincas, fissuras, contrapisos com som oco, telhas quebradas, e até a necessidade de remanejamento físico de quatro casas que estavam previstas em locais inviáveis do terreno
Segundo relatório da Conder, casas como a 32, 91, 96, 97 e 142 apresentam fissuras mais graves, e parte das unidades teve a impermeabilização comprometida por execução inadequada da alvenaria antes do lastro de concreto.
Em casas das quadras finais (123 a 128), a vistoria apontou ausência do transpasse da lona plástica, material de reaterro de má qualidade, e execução fora da ordem técnica recomendada.
Além disso, as unidades 129, 140, 148 e 150 precisarão ser relocadas, com nova planta de implantação e revisão das instalações sanitárias
Anteriormente, a prefeitura havia pedido uma série de mudanças. Entre as modificações anteriores solicitadas pela prefeitura para adequar o projeto à realidade local, destacaram-se a troca de telhas romanas por telhas capa-canal do tipo colonial, substituição dos blocos cerâmicos verticais por horizontais, e adoção de caixas de concreto em vez de tijolos maciços para obras enterradas.
A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), por sua vez, será reconfigurada como um sistema individualizado por conjunto de casas, com sumidouros em manilhas de concreto, devido à impossibilidade técnica de instalação de um sistema coletivo no terreno atual .
A obra já consumiu R$ 5,36 milhões da primeira parcela do convênio com a Conder, e a segunda parcela de R$ 5,43 milhões foi liberada em 1º de setembro de 2025.
No entanto, o avanço físico verificado na vistoria anterior era de apenas 48,3% — índice praticamente igual ao de etapas anteriores.
A Conder concluiu em agosto que não foi possível validar um progresso físico relevante desde a última inspeção, por causa das pendências e falhas recorrentes.
A expectativa ainda é de a prefeitura entregar as unidades até 9 de outubro de 2025. Pelos menos esse ainda é o cronograma oficial.
Texto: José Nilton Calazans
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