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terça-feira, 26 de agosto de 2025

Deputado acusa Silas Malafaia de querer ser preso por Bolsonaro

Otoni de Paula, pastor da Assembleia de Deus, defende Alexandre de Moraes e critica narrativa de perseguição do líder evangélico.



O embate entre líderes evangélicos de direita voltou ao centro do debate político. O deputado federal Otoni de Paula, pastor do Ministério Madureira da Assembleia de Deus, se posicionou publicamente contra Silas Malafaia, que recentemente depôs na Polícia Federal e afirmou não temer ser preso pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Otoni defendeu que Moraes pode ser criticado, mas não por atacar uma religião. Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, destacou:
“Seria perseguição religiosa só se o pastor Silas estivesse no inquérito da Polícia Federal porque estava orando, evangelizando em praça pública, pregando a palavra de Deus. Não é o caso.”
Ex-vice-líder do governo Bolsonaro e da bancada evangélica no Congresso, Otoni vem reposicionando sua atuação política após ter sido rejeitado pelo ex-presidente como candidato à Prefeitura do Rio em 2024. O deputado se apresenta como uma nova referência nacional para os evangélicos conservadores, criticando aqueles que substituíram o culto a Jesus pela devoção a Bolsonaro.
Segundo Otoni, Malafaia corre risco de prisão “por amor a Bolsonaro”, e não por motivos religiosos, provocando:
“Eu não vou atrapalhar o sonho do pastor Silas, que é ser preso.”
O posicionamento do deputado reflete uma percepção crescente entre líderes evangélicos de que a associação das igrejas ao bolsonarismo tem causado mais prejuízos do que ganhos, enfraquecendo a representação política do evangelicalismo e associando o segmento a temas polêmicos, como a defesa do uso de armas.
Enquanto Malafaia utiliza o argumento de perseguição religiosa — apoiado em vínculos históricos do evangelicalismo brasileiro com denominações influentes nos Estados Unidos —, Otoni sinaliza uma estratégia voltada para a construção de uma liderança evangélica independente de Bolsonaro.
O posicionamento do deputado pode ser interpretado como um movimento estratégico para redefinir a atuação política dos evangélicos no Brasil, antecipando um cenário em que Bolsonaro e Malafaia perdem influência sobre parte do segmento religioso conservador.

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