O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu às críticas do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto.
Por Editoria de Política
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu às críticas do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, sobre a construção da ponte Salvador-Itaparica. O projeto, prometido desde 2009, voltou ao centro do debate político após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que a obra “finalmente vai sair”. Neto ironizou a fala, acusando o petista de viver em um "mundo paralelo", apelidado de “Jerolândia”.
Jerônimo classificou a crítica como uma tentativa de descredibilizar o projeto e disse que o governo baiano segue empenhado, em articulação com o governo federal e o consórcio chinês responsável pela obra. “Se tem gente com sangue de barata torcendo contra, não vale à pena ficar trazendo coisas negativas para a agenda nossa”, disparou.
Durante cerimônia de assinatura de contratos de saneamento básico, o governador explicou que o presidente Lula incluiu a ponte nas pautas oficiais com o presidente da China, Xi Jinping, cobrando diretamente o avanço do projeto. Ele também citou reuniões com o Tribunal de Contas do Estado, a Marinha e a Embaixada da China como parte dos esforços em curso.
Segundo Jerônimo, as etapas técnicas e jurídicas já foram superadas, e a pendência atual é a assinatura do termo definitivo por parte do governo chinês. O consórcio asiático ainda aguarda a liberação oficial para iniciar a construção. Um dos marcos técnicos destacados pelo governador foi a conclusão da sondagem geotécnica, em abril, que envolveu 105 perfurações e atingiu profundidades recordes na Baía de Todos-os-Santos.
Reação
A declaração de ACM Neto — “O presidente disse que finalmente a ponte saiu. Mas presidente, saiu aonde? Saiu para quem?” — gerou forte reação. Jerônimo afirmou que a oposição tenta usar o tema como palanque político, ignorando os avanços reais. “Se ele é contra a ponte, está explicado. Mas se ele é a favor, o que é que ele está vendo?”, questionou.
O governador também mencionou obstáculos enfrentados ao longo dos anos, como a pandemia, o aumento no custo de materiais, juros altos e até um acidente com um mergulhador durante as sondagens. Apesar disso, reforçou o compromisso com a obra: “Não vou permitir que críticas sem fundamento atrasem mais o projeto. Isso significa torcer contra a Bahia. Não é fazer oposição. É trabalhar contra o povo”.
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