A Prefeitura de Itabuna, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, deu início no sábado passado, dia 10, a um diagnóstico social no lixão. Está sendo apurado quantas famílias vivem no local e as condições financeiras e de saúde dessas pessoas. O trabalho tem o objetivo de fazer a revisão cadastral das famílias que sobrevivem da coleta de materiais recicláveis.
A coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Maria D’Ajuda Cavalcante, explica que a intenção é melhorar a qualidade de vida dessas famílias para que os impactos sociais que vêm sofrendo há muitos anos sejam minizado.
Na localidade, próxima ao Loteamento Nossa Senhora das Graças, equipes de agentes do Departamento de Proteção de Alta Complexidade conversaram com as pessoas, coletaram dados de cada uma das famílias em um questionário e fizeram atendimento social.
Dentre as perguntas da entrevista individualizada com membros de cada família que mora no lixão, os técnicos quiseram saber sobre a renda mensal obtida com a venda dos materiais recicláveis, nível de escolaridade e a profissão em que sonha seguir. “A ideia é dar uma oportunidade para que possam ter novos horizontes, oferecer cursos profissionalizantes, dentre outras ações”, adianta D’Ajuda.
Ela explica que a secretária Andréa Castro pretende desenvolver projeto social que possa melhorar significativamente a qualidade de vida dessas pessoas, sem que deixem de ter uma renda. “Daí, a importância de conhecer a realidade de cada um”, explica Maria D’Ajuda.
Dona Vilma Maria de Jesus, 54 anos, conta que seu sonho é ser costureira, mas vive com o marido na área da balança do lixão, por falta de oportunidade. “Com o dinheiro que conseguimos com a venda dos recicláveis não dá para fazer muita coisa, muito menos melhorar meu barraco que está prestes a cair”, lamenta, acrescentando que apura cerca de R$ 400,00 por mês.
O jovem Valdir de Jesus Alves, 19 anos, conta que seu sonho é ser mecânico de automóveis. Mas, diante da falta de opções, trabalha muito para conseguir sobreviver com o que vende do lixão. “Tenho vontade de sair daqui. Mas, ainda não foi possível. Enquanto isso, vou me virando como posso”, desabafa.
A Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza vai continuar aplicando os questionários até conhecer a realidade de todas as famílias que vivem no lixão. Pelas estimativas, mais de 60 famílias sobrevivem com a venda de materiais recicláveis e em condições subumanas, sem habitações dignas, acesso à saúde e à educação e a programas sociais.
Todo o empenho da Administração do prefeito Augusto Castro é para que elas sejam inseridas nas ações de promoção social e de combate à pobreza. Além disso, que tenha oportunidades no mercado de trabalho, por meio de projetos educacionais e de cursos profissionalizantes.
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