No emaranhado das formalizações de blocos parlamentares na Câmara Federal e no Senado, a Bahia foi contemplada com a indicação da senadora Lídice da Mata (PSB) para encabeçar o grupo formado pelo PSB, PPS e PP no Congresso, que conta com a participação de 12 membros em suas bases.
Segundo a socialista, a ideia da agremiação no Senado não é ter um caráter independente, mas de cunho administrativo e não representa uma unidade de voto dos membros. O PP, nas últimas votações, acompanhou a tendência governista.
Já o PSB, com a candidatura própria à presidência da República, desde a pré-campanha com Eduardo Campos (1965-2014), adotou uma postura de independência e o PPS fez uma oposição feroz ao governo petista.
A unidade começa a levantar rumores de fusões entre os partidos. Desde o fim da eleição do ano passado se comenta nos bastidores políticos que o PPS está caminhando para se juntar com alguma outra agremiação.
Por coincidência ou não, as siglas mais mencionadas nas negociações foram o PSB e o PP. Aqui na Bahia o rumor é forte da junção do PPS – que tem demonstrado interesse na fusão – com os socialistas, mas, segundo uma fonte em contato com a Tribuna, toda negociação será tratada em Brasília.
Mesa Diretora – Ontem, Lídice aproveitou para subir o tom e criticar a condução do processo de escolha dos integrantes da Mesa do Senado. Ela denunciou uma suposta retaliação ao PSB, devido o partido ter lançado uma candidatura alternativa à Presidência da Casa na última eleição que confirmou mais um mandato para Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em discurso inflamado, Lídice classificou como uma tragédia as articulações que alijaram o PSB da Mesa Diretora. “Isso significa cassar o partido na proporcionalidade que tem, na medida em que elegeu seis integrantes para esta Casa”.
Ao lamentar o fato, a senadora baiana afirmou que a sua sigla não construiu a história se envergando. Segundo ela, o PSB permanecerá no Senado defendendo as suas bandeiras históricas com cargo ou sem cargo. “Eu posso ter todos os defeitos, menos o da covardia. Nós estamos protagonizando uma noite lamentável para a história do Senado Federal. Nós estamos rompendo princípios éticos”, disse.
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