Oswaldo Montenegro lança amanhã (1º/4), às 20h30, seu segundo filme
Solidões, no Cine Teatro SESC Casa do Comércio, na Avenida Tancredo
Neves. O longa, que conta com Vanessa Giácomo e o próprio Montenegro no
elenco, terá exibição gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria
do teatro, no dia do evento, até duas horas antes da apresentação. O
evento é sujeito à lotação do espaço e após a sessão o diretor Oswaldo
Montenegro participará de um bate-papo com o público. Mais informações:
(71) 3273-8543.
O drama
apresenta as histórias cruzadas de diversas pessoas solitárias: uma
mulher (Vanessa Giácomo) que recusa o contato com qualquer ser humano
desde que perdeu a memória, o Demônio (Oswaldo Montenegro) errante com saudades
de Deus, uma mulher no bar cujo namorado nunca chega, um cantor
sertanejo que não obtém sucesso na cidade grande e um palhaço idoso,
ainda em atividade.
Oswaldo
Montenegro decidiu escrever sobre o tema quando fez uma pesquisa e
descobriu que ‘solidão’ é palavra mais usada em romances e canções.
“Quando se faz uma pesquisa sobre o medo então, ela ganha
de assalto, de morte, ou seja, as pessoas têm medo de ficar sozinhas.
Isso despertou meu interesse pelo tema e eu comecei a escrever várias
histórias, sobre vários aspectos da solidão. Escrevi sobe a solidão de
um cara no agreste do Pernambuco, a solidão de músico mineiro que vai
para Rio de Janeiro tentar ser um astro e acaba sendo músico de rua.
Falo também da solidão de uma mulher no bar que espera o namorado que
não chega nunca, a solidão da mulher que perdeu a memória, e a solidão
do Demônio, que vaga pelo mundo com saudades de Deus. Muitas solidões”,
revela, acrescentando que ficou um ano gravando.
Realizado com
recursos próprios e a coprodução do Canal Brasil, “Solidões”, segundo
Montenegro, vai do riso ao drama, do musical ao documentário, da comédia
romântica à sátira cruel, em várias histórias que se ligam, se
encontram. “Com uma bela fotografia capaz
de retratar, com igual eficiência, ambientes intimistas e as paisagens
mais exóticas do sertão, Oswaldo nos prova que técnica e emoção podem
caminhar perfeitamente juntas, e nos presenteia com esse que é, sem
dúvida alguma, um dos filmes mais originais dos últimos anos”, escreveu
Paulo Henrique Fontenelle, premiado diretor dos filmes “Loki” e “Dossiê
Jango”.
O filme também conta com
participações como a da atriz Emilie Biason, que faz uma católica
radical que se culpa por ter sonhos eróticos à noite, Larissa Landin no
papel de um menino de rua que se transforma em Oxum, Ariella Braz na
pele de uma prostituta que tem muito orgulho da sua profissão e acha que
cumpre uma missão que é atender aos solitários, e do palhaço Cocada, de
95 anos, o mais velho do Brasil, que interpreta a si mesmo. Ele vive
momentos engraçados, momentos ternos e outros de extrema solidão.
As locações
de “Solidões” foram feitas nas dunas de Arraial do Cabo (RJ), no cerrado
de Brasília, no agreste de Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Piraí
(RJ). A trilha sonora foi feita especialmente para a ocasião. “Algumas
músicas eu compus especificamente para aquela cena; outras eu já tinha
feito e se encaixavam com determinado episódio. E outras chegaram até a
motivar uma história”, conta Montenegro, revelando que o filme reflete a
solidão de inúmeras maneiras. “Eu poderia dar a minha visão ou escolher
um conceito, mas eu optei por vários, como numa banca de revista: o
mesmo assunto é tratado por publicações sérias, jornais sensacionalistas
e revistas de fofoca”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.