Mais um caso de violência contra a mulher foi registrado em Ilhéus, no sul da Bahia. A influenciadora digital Jaminne Almeida denunciou ter sido vítima de agressões físicas após um evento realizado em uma casa de eventos conhecida como ECOABA.
De acordo com relato da vítima à nossa redação, o caso teve início quando o responsável pelo espaço a convidou para ir até sua residência, juntamente com amigas que estavam em sua companhia, sem informar previamente o trajeto que seria percorrido.
Em determinado momento do retorno, Janinne ficou sozinha no veículo e passou a ser assediada pelo homem identificado como Ricardo. Segundo a vítima, ele alegou que havia outras mulheres no local, mas mesmo assim insistiu para que ela entrasse em um quarto para dormir. Diante da recusa, Jaminne afirma que foi ameaçada de ser deixada no local onde havia sido buscada, sendo posteriormente abandonada sozinha na rodovia sem celular, o mesmo foi levado
“Eu liguei para meu ex-namorado, mandei minha localização em tempo real e pedi para que entrasse em contato com a polícia. Ricardo fez uma ligação dentro do carro dizendo que a droga que me deram ‘tinha batido errado’ e que, como eu não quis ficar com ele, me levou até o local e mandou funcionários e funcionárias do espaço me tirarem do carro e me darem uma ‘lição’ para eu não contar nada a ninguém”, afirmou a vítima.
Jaminne relata ainda que duas funcionárias tentaram retirá-la do veículo sem sucesso. Em seguida, uma terceira funcionária a empurrou ao chão e passou a agredi-la, enquanto outras pessoas presentes zombavam da situação e não prestavam socorro.
A vítima afirma que também recebeu chutes de pessoas responsáveis pelo som do local, o que resultou em diversos ferimentos.
“Comecei a sangrar muito, tive uma unha do pé arrancada e cortes nas mãos ao tentar me defender com uma garrafa quebrada”, relatou.
Segundo Jaminne, ao se levantar e afirmar que a polícia estava a caminho, dois seguranças teriam dito: “A polícia aqui somos nós”. Após isso, ela foi deixada na rodoviária da cidade sem celular, e o motorista que prestou socorro teria sido ameaçado.
Jaminne recebeu atendimento médico no Hospital Costa do Cacau, onde passou por exames que constataram múltiplos ferimentos. Ela foi acompanhada por uma policial feminina durante o atendimento.
“Estou indo registrar o boletim de ocorrência. Tive alta na noite desta segunda-feira, mas não conseguimos registrar antes, pois sou moradora de Itapé”, explicou.
O caso está sendo acompanhado pelo advogado Dr. Paulo Gilliard. Segundo a defesa, pessoas que compartilharam vídeos do ocorrido estariam contribuindo com a exposição da vítima e compactuando com o agressor. Medidas judiciais já estão sendo tomadas, uma vez que Jaminne afirma estar recebendo ligações com ameaças e teme pela própria vida.
“Tenho 20 anos, uma filha de 4 anos, e minha família está sem chão com toda essa situação. Trabalho com a internet, é meu meio de sustento, e a forma como isso foi levado para as redes sociais me prejudicou muito, além dos danos psicológicos, físicos e emocionais”, finalizou Janinne.

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