O governo voltou a encontrar dificuldades para mobilizar a
bancada na votação de projetos de interesse do Executivo ontem. Estava
na pauta o projeto de lei
20757, que estabelece a distribuição dos recursos financeiros, de que
trata o artigo 204 da Constituição do Estado, ligado à autorização da
antecipação dos royalties do petróleo e as propostas referentes aos
reajustes dos servidores estaduais. Contudo, em meio ao desgaste
conseguiu aprovar a proposta associada aos recursos por votos a 45 a 2.
Passaram pelo crivo dos parlamentares também a alienação de imóveis
públicos de propriedade da Sudic. As áreas servirão para ampliar os
parques industriais de Juazeiro e Feira de Santana. Até o fechamento
havia a expectativa de serem aprovados os subsídios e remunerações dos
funcionários públicos do estado. A parcela de 3,84% foi antecipada de
setembro para julho. O reajuste total linear é de 5,91%.
Apesar de ter demonstrado que estaria em clima de
entendimento com o governador Jaques Wagner (PT), o presidente do
Legislativo, Marcelo Nilo (PDT), teria voltado a cruzar os braços,
durante a sessão para a apreciação. Nos bastidores, oposicionistas comemoraram a postura de “neutralidade” do dirigente.
O líder do governo, Zé Neto (PT), se esforçou para colocar os
deputados em plenário. Nos corredores, foi citado que, embora o ambiente
de diálogo com Nilo tivesse voltado, o presidente já não demonstrava a
mesma disposição de antes para ajudar o governo. Na matéria associada
aos royalties, virou ponto de polêmica o baixo percentual das verbas
para alguns setores, como o de eletrificação rural, recursos hídricos e
pesquisa mineral.
Teria sido estabelecido 75% para o Fundo da Previdência e
25% para todas as outras áreas. A proposta foi contestada pela Companhia
Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Cerca de 70 funcionários
participaram na galeria e conseguiram convencer o deputado Álvaro Gomes
(PCdoB) a criar uma emenda, que seria apresentada pelo relator para melhorar a distribuição para a Companhia.
A oposição aproveitou para chamar a atenção para um possível
sucateamento da CBPM. O líder da bancada, Elmar Nascimento (DEM),
comparou a situação da Companhia com a da Petrobras.
Segundo Elmar, a Petrobras, que era a 12ª empresa
do mundo, hoje ocupa a 122ª posição. “O que dizer então da CBPM, que
luta com dificuldades para sobreviver?”, inquiriu o parlamentar.
O deputado José Raimundo (PT) justificou a autorização para os
royalties como uma forma de cobrir o rombo da Previdência. O petista
lembrou de números apresentados pelo secretário estadual da Fazenda,
Manoel Vitório, que apontavam supostos erros,
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