
Conversas vazadas revelam articulação de Igor Carillo, Murilo Santa Fé e Erlon Botelho para prejudicar negócios locais, incluindo o Lava Jato WRL, importante prestador de serviços na BR-101.
Buerarema vive um clima de tensão após o vazamento de centenas de mensagens e áudios atribuídos a Igor Carillo, Murilo Santa Fé e Erlon Botelho. O conteúdo, recebido com exclusividade pela nossa redação, mostra que o trio planejava ataques sistemáticos contra empresas locais, com a intenção de prejudicar a economia e comprometer empregos que sustentam inúmeras famílias.
Entre as empresas alvo, está o Lava Jato WRL do Galego, situado às margens da BR-101 e reconhecido por lavar veículos de grande porte, como carretas e caminhões, sendo referência não apenas em Buerarema, mas também em toda a região. As conversas revelam que os acusados chegaram a filmar os fundos do estabelecimento e divulgar o vídeo em grupos de WhatsApp, alegando falsamente que resíduos químicos estariam poluindo o rio.
“Vamos denunciar que o que aparece no rio é excesso de produto do Lava Jato”, diz um dos trechos da conversa.
Além das acusações contra o Lava Jato WRL, as mensagens mostram tentativas de fechamento de outros negócios, usando denúncias falsas e difamações para atingir a reputação de empresários locais.
Trechos das conversas vazadas
Igor Carillo:
“A gente precisa juntar mais coisa pra derrubar ele.”
Murilo Santa Fé:
“Vou passar lá e filmar de novo. Hoje ainda mando no grupo.”
Erlon Botelho:
“Se fechar, a gente mata dois coelhos: ele perde o ganha-pão e o povo vai culpar a prefeitura.”
Igor Carillo:
“Tem que espalhar que tá contaminando o rio.”
Murilo Santa Fé: “Já falei pra uns conhecidos, isso vai rodar rápido.”
Outros ataques revelados
As conversas também mostram articulações para difamar comerciantes, servidores públicos e figuras políticas da cidade, sempre com o objetivo de minar a credibilidade e criar um clima de instabilidade. Entre os métodos utilizados pelo trio, destacam-se:
Criação de boatos em redes sociais.
Produção e divulgação de vídeos com insinuações falsas.
Pressão política contra empresários que não se alinham aos seus interesses.
Impacto econômico e social
As empresas atacadas empregam dezenas de trabalhadores diretos e indiretos. A disseminação de fake news e denúncias infundadas pode afastar clientes, comprometer contratos e até levar ao fechamento de negócios, afetando o comércio local e a renda de centenas de famílias.
O caso do Lava Jato WRL é emblemático: além de ser um serviço essencial para caminhoneiros e empresas de transporte, movimenta a economia da região, gerando empregos e arrecadação de impostos.
A Polícia Federal já foi acionada para investigar os institutos que Erlon Botelho preside, assim como outro instituto, o Instituto Chocolate, administrado por sua esposa. As apurações investigam a suspeita de uso irregular de recursos públicos e de contratos suspeitos, envolvendo possível ausência de sede física adequada e má aplicação dos valores recebidos.
O material completo, que inclui áudios, prints de conversas e vídeos, já está sendo analisado por advogados e poderá ser encaminhado às autoridades para investigação criminal e responsabilização dos envolvidos.
Segundo especialistas consultados, as condutas descritas nas conversas podem configurar crimes como calúnia, difamação, denunciação caluniosa e associação criminosa, previstos no Código Penal Brasileiro.
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