Reviravolta política em Iguaí: vereadores rompem com prefeito e selam aliança com ex-gestor que antes criticavam

Em uma reviravolta política que causou forte repercussão em Iguaí, três vereadores, até então aliados do prefeito Dr. Davi, romperam com a base governista e firmaram uma aliança com o ex-prefeito do município justamente o mesmo que vinham criticando duramente nos últimos anos.

O movimento inesperado provocou indignação entre eleitores e internautas, especialmente por envolver figuras que construíram suas trajetórias recentes com um discurso moralista e insistiam na cobrança pela votação das contas do ex-gestor, agora seu novo aliado.

A mudança de posicionamento, vista por muitos como contraditória e estratégica, evidencia um rompimento não apenas político, mas também ético. Durante meses, esses vereadores atacaram opositores com acusações de traição e deslealdade, sustentando uma narrativa de fidelidade à atual gestão.

Agora, são eles os protagonistas do mesmo comportamento que tanto condenavam.

A aliança com o ex-prefeito, antes alvo de severas críticas, levanta suspeitas sobre os reais interesses por trás do movimento, sugerindo que o foco deixou de ser o bem coletivo para atender ambições individuais.

O impacto junto ao eleitorado foi imediato — e negativo. Muitos moradores de Iguaí, que confiaram nesses parlamentares por acreditarem em seu compromisso com a gestão de Dr. Davi, se dizem traídos. A pergunta que domina conversas nas ruas e redes sociais é direta: estariam esses vereadores priorizando o desenvolvimento da cidade ou apenas barganhando poder e benefícios pessoais?

Para grande parte da população, o discurso da ética virou peça de ficção, e os outrora aliados são agora vistos como oportunistas. O episódio escancara não só o oportunismo político, mas também o erro de cálculo de quem ainda subestima a inteligência do eleitor. Em tempos de maior acesso à informação, a população acompanha de perto os bastidores do poder e não hesita em cobrar coerência.

Resta saber se os vereadores envolvidos terão respaldo popular para sustentar essa virada em 2026 — ou se carregarão nas urnas o peso de uma traição pública e registrada. Em Iguaí, a confiança política acaba de sofrer mais um abalo.