Governador também reforçou que o tumulto “não faz a democracia nem de um lado, nem do outro”

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou na manhã desta sexta-feira, 23, a briga protagonizada por vereadores e sindicalistas na Câmara Municipal de Salvador (CMS), devido à apreciação do projeto de lei da prefeitura que reajusta os vencimentos dos servidores municipais.
O petista ressaltou seu posicionamento contra qualquer tipo de agressão. “Violência não resolve a democracia, não fortalece a democracia”, disse em entrevista à uma rádio de Salvador.
“Eu sempre tenho pregado essa relação de harmonia e diálogo. Tem um tema que é difícil? Não chegou a um consenso? Vamos esgotá-lo, sentar, debruça-lo, encontrar uma saída e negociar”, declarou, exemplificando com suas discussões com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia [APLB].
Jerônimo também reforçou que o tumulto “não faz a democracia nem de um lado, nem do outro” e foi contra a votação ter sido realizada a portas fechadas.
“As Assembleias, o Legislativos, as Câmaras de Vereadores, o Congresso, cada vez mais, precisam ser transparente no que fazem, no que votam e no que se discutem.É aquela Casa que é a ressonância, que são os representantes fieis do povo, para fazer o controle, as leis. Se houver de fato a possibilidade de não adentrar pessoas em uma sessão pública, não fica bem”, afirmou.
Invasão na Câmara
Em sessão extraordinária para votação do reajuste salarial, os servidores municipais ativos, inativos e pensionistas realizaram, sob fortes protestos, uma barricada humana para impedir o acesso de jornalistas e demais assessores no plenário na Casa Legislativa.
Protestantes e vereadores protagonizaram cenas de briga e agressão. O vereador Sidninho (PP) levou uma mordida na mão. Em seguida, os sindicalistas foram retirados do plenário. Os manifestantes também teriam sido agredidos na tentativa de ocupação, segundo relatos obtidos pelo Portal A TARDE.
O tumulto, contudo, não impediu a apreciação da matéria, que aconteceu fora do plenário para a segurança dos vereadores e servidores, segundo diz a nota da CMS. O reajuste foi aprovado pela Casa.
A sessão chegou a ser interrompida por 30 minutos para o fim do parecer nas comissões conjuntas de Constituição e Justiça (CCJ), Fiscalização, Orçamento e Finanças (CFOF) e Educação. Em seguida, foi interrompida novamente pelo mesmo período.
Com a chancela dos edis, os funcionários públicos passam a receber um percentual de 4,83% nos vencimentos mensais, a partir deste mês, de forma escalonada. A medida é válida até abril de 2026.
Em 2024, antes de tentar a reeleição, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) ofereceu aos servidores um aumento de 4%. Já os professores terão os salários reajustados por nível. Para a categoria, o percentual varia de 6,27% a 9,25%.
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