No documento, judeus e judias apontam para a possibilidade de Bolsonaro dar um golpe militar.
Caroline Oliveira
Lula em ato da comunidade judaica - Ricardo Stuckert
Judeus e judias lançam, nesta terça-feira (5), um manifesto contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e de apoio a Lula (PT) nas eleições presidenciais deste ano. Entre os signatários estão os professores da Universidade de São Paulo (USP) André Singer e Raquel Rolnik, o advogado Alberto Toron e o vereador de São Paulo Daniel Annenberg (PSDB).
No documento, que será lançado em evento online, os integrantes do grupo afirmam que a eleição será decidida entre Bolsonaro e Lula e que, nesse contexto, não há espaço para a terceira via. "O voto em uma terceira via é o mote que Bolsonaro precisa para ir ao segundo turno", afirmam.
Bolsonaro entre generais: o ex-ministro da Defesa (à esq.), Braga Netto, e o atual comandante da pasta, Paulo Sérgio / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil
Em um segundo turno, o grupo aponta para a possibilidade de um golpe militar. "Daí a importância de que todos os democratas, judeus e não judeus, votem de maneira a impedir um segundo turno. Temos a obrigação e o desafio de derrotar o fascismo e os simpatizantes do nazismo", dizem.
"Não se trata de um apelo partidário, muito pelo contrário, é um chamado civilizatório. Nós, Judeus contra Bolsonaro, abaixo assinados, somos Lula e Alckmin no primeiro turno. Venham com a gente."
Deputado do União Brasil será relator da PEC dos combustíveis
O deputado federal Danilo Forte (UB-CE) será o relator da Proposta de Emenda à Constituição 1/2022. Conhecida como PEC das combustíveis ou das "bondades", o projeto amplia o limite de gastos do governo com programas sociais, em pleno ano eleitoral.
"Aceitei com muita tranquilidade a missão de relatar a PEC dos Benefícios, e dar um alento à população neste momento delicado. A fome tem pressa", afirmou o deputado em nota. Ele também disse que o relatório passará pela Comissão Especial na próxima quarta-feira (6).
Danilo Forte / Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
No Senado, a PEC foi aprovada por 67 votos a um, do senador José Serra (PSDB-SP), na última em 30 de junho. Agora, segue na Câmara dos Deputados.
Reajuste? Não para os policiais
O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que é vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Crime Organizado da Câmara, disse que agora não é o momento de dar reajuste policiais. "Apesar de defender a melhoria da categoria dos policiais, não dá para ser classista em um momento de equalização da economia", disse Silveira, que também é ex-policial militar.
Daniel Silveira e Jair Bolsonaro / Reprodução/Facebook Daniel Silveira
A comissão convocou, no mês passado, o ministro da Economia Paulo Guedes para dar explicações sobre os reajustes que o presidente Jair Bolsonaro havia prometido à categoria. Silveira disse, entretanto, que a convocação não foi unânime entre os integrantes da comissão.
Santos Cruz ameaça deixar o Podemos
O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que pode deixar o Podemos caso o partido declare apoio ao capitão reformado nas eleições deste ano. "Se o partido decidir por isso, estou fora. Saio", disse o general ao Estadão.
Santos Cruz / Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por enquanto, a sigla não fechou um acordo para a disputa presidencial, mas a maior parte dos deputados e senadores filiados ao Podemos apoia Jair Bolsonaro, como o senador pelo Espírito Santo Marcos do Val e o ex-coordenador da Lava Jato no Paraná Deltan Dallagnol.
Edição: Nicolau Soares
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