Se não bastasse os R$ 8 mil que embolsa todo mês como vereador de Jacobina, Ronivon Martins de Sousa (PT), mais conhecido como Roni do Junco, ainda queria mais. Continuou recebendo o benefício do programa Bolsa Família até um ano e oito meses depois de assumir uma cadeira no Legislativo municipal.
O valor era recebido pela mulher do vereador, Rute Almeida Rios de Souza, funcionária pública da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), desde 2012.
Logo após as eleições de 2012, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) deu início a uma pesquisa cruzando dados dos beneficiários. Considerando só a lista de eleitos, mais de 2 mil políticos foram localizados, dentre eles 10 prefeitos. De acordo com o artigo 25 do decreto 5.209/04, que regulamenta o Bolsa Família, o beneficiário do programa perde o direito ao recebimento quando ocorre “posse em cargo eletivo remunerado, de qualquer uma das três esferas de governo”.Durante os 20 meses, o vereador arrecadou mais de R$ 1,5 mil. Diante do salário do vereador, o benefício é inferior, mas a questão ética é muito maior. Além de ser funcionária pública, a mulher do petista possui em seu nome uma microempresa, uma loja de materiais de construção em Jacobina, há cinco anos.
Em agosto de 2014, o MDS notificou a mulher do vereador, no entanto o MDS solicitou o ressarcimento de apenas R$ 314 para pagamento em 60 dias. O edil ressarciu os cofres públicos e continua atuando sem nenhuma punição no Legislativo municipal.
O mesmo vereador tem um Projeto de Resolução que tramita na Câmara de Vereadores de Jacobina, onde propõe que a Casa Legislativa outorgue o título de Cidadão Jacobinense ao ex-presidente Lula.
A reportagem tentou contato com o vereador, mas não teve as ligações atendidas.
Fonte: Bocão News
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