A Assembleia Legislativa da Bahia entrou ontem em recesso, com previsão de reabrir as portas em 1º de fevereiro, porém as articulações de bastidores permanecem relacionadas aos espaços da Casa e principalmente à eleição da Mesa Diretora.
Embora o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), tenha arregimentado um grande número de apoios, nos bastidores se aposta numa possível reviravolta no jogo eleitoral, sobretudo na tentativa de reeleição do pedetista.
Não faltam especulações nos corredores do Parlamento, oriundas de possíveis insatisfeitos com a chance de conquista do pedetista. Há quem acredite que em um mês as articulações podem inverter.
Consta que pode surgir uma nova candidatura, além do líder do PT, Rosemberg Pinto (PT), o que pode impactar no favoritismo do dirigente do Legislativo.
No cenário atual apenas disputam a presidência Nilo e Rosemberg, já que o deputado estadual Sargento Isidório (PSC) anunciou a desistência para apoiar a tentativa de quinto mandato do atual presidente. Nos corredores fala-se de uma suposta ADIN - Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra a corrida de Nilo pela quinta vez ao Comando da Casa.
O petista Rosemberg e a própria direção estadual do PT já haviam questionado anteriormente o projeto de reeleição de Nilo, numa defesa de que houvesse alternância na cadeira mais nobre do Poder. A deputada Luiza Maia (PT) também criticou a manobra por mais um mandato de Nilo como presidente.
Deputados ratificam candidatura - Ontem o petista reiterou a sua candidatura com o aval do partido. “Estamos de ‘vento em popa’, conversando com todos os deputados e presidentes de partidos”, disse Rosemberg. O líder petista desconheceu as conversas de que houvesse outra candidatura na Casa a não ser as já colocadas.
O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, que teve ontem uma reunião com o deputado, endossou que a executiva segue ao lado do líder petista na Assembleia. “A decisão é de total cumplicidade com a bancada. Não se trata de nada pessoal contra Marcelo Nilo, mas a reeleição para o quinto mandato não é boa para a democracia. A sociedade tem revelado que não quer isso e nós acreditamos que deve haver um carinho por esse olhar da sociedade”, disse.
Everaldo acredita que ainda pode haver um consenso em torno do assunto. “A candidatura deve ser fruto do entendimento”, citou.
O presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), rejeitou a possibilidade, por enquanto, de outro concorrente a não ser Rosemberg e ainda mandou recado de que aguarda o apoio dos petistas. “Já fechei com 52 deputados, sendo o último Sargento Isidório, que anunciou o apoio. Agora só falta o PT. Reservei para eles a 4ª vice. Se quiserem terei a honra de tê-los em minha chapa”, disse, em tom de suposto convite.
Nilo expôs os demais que devem entrar na composição. O PSD, com Adolfo Menezes na 1ª vice; a 2ª vice com a oposição; a 3ª vice com um bloco independente, sendo cotado, Carlos Geilson (PTN); a 1ª Secretaria com a oposição; a 2ª Secretaria com o PP, sendo cotado Aderbal Caldas; a 3ª com o PCdoB, deputado Jean Fabrício Falcão e a 4ª com o PV, deputado Marquinho Viana.
No apoio anunciado a Nilo, o deputado estadual Alan Sanches disse para a reportagem da Tribuna que a candidatura do pedetista é consenso. “Está decidida e pacificada. Todos que apertaram a mão são homens e mulheres que deram a palavra e não vão voltar atrás”, declarou
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