Crianças trabalham no pedágio próximo a Feira de Santana | Foto: MPT
A
concessionária Via Bahia tem cinco dias para apresentar um relatório
com estrutura organizacional, de projetos sociais e ações efetivas de
combate ao trabalho infantil. O prazo foi determinado pelo Ministério
Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) para que a empresa colabore na
erradicação do trabalho na BR-324, entre Salvador e Feira de Santana. De
acordo com o órgão, muitas crianças e adolescentes trabalham neste
trecho como ambulantes nos postos de pedágio, e a atividade é
considerada de risco. Além da Via Bahia, os municípios de Candeias,
Amélia Rodrigues, Simões Filho e Conceição do Jacuípe, deverão se
pronunciar sobre as recomendações expedidas pelo MPT para as medidas de
proteção da infância e juventude sejam adotadas. A comunicação foi feita
pela procuradora do Trabalho Virginia Senna em uma audiência pública
nesta quinta-feira (13). A Procuradoria do Trabalho ainda deve aplicar
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) a Via Bahia. Os itens do termo
serão discutidos em uma audiência na próxima semana. A procuradora ainda
disse que as crianças que trabalham nos pedágios estão expostos a “sol,
chuva, tráfico de pessoas, abordagens sexuais e acidentes, alternativas
de trabalho e renda”. A audiência é um desdobramento de uma
fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE),
que verificou a situação de risco em que meninos e meninas estão
submetidos ao trabalhar nos pedágios. O representante da Via Bahia,
Carlos Napolitano, declarou que “a Via Bahia está há quatro anos
operando na BR-324 e nós temos uma série de projetos sociais, mas o
ambulante não vai sair só com projetos sociais da Via Bahia”.
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