Rolezinho só tem roubo 'da atenção das gatas', diz participante em post - Bahia Expresso

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Rolezinho só tem roubo 'da atenção das gatas', diz participante em post

Posts no Facebook sobre a segurança nos 'rolezinhos' (Foto: Editoria de Arte/G1)
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 do G1.

Apesar das recentes confusões envolvendo os "rolezinhos" em São Paulo, novos encontros de jovens em shopping centers, praças e parques devem acontecer nas próximas semanas. Por meio das páginas desses eventos nas redes sociais, porém, poucos comentários são feitos pelos participantes dos eventos sobre confrontos com a polícia. Os perfis que administram as páginas de eventos se apressaram, nesta semana, para esclarecer que o objetivo é se divertir com disciplina e segurança.
Veja o que pensam os adolescentes dos "rolezinhos":

Segurança
 
Em sua maioria, as páginas dos próximos "rolezinhos" estão preocupadas em evitar brigas, arrastões e tumultos. No encontro de 8 de dezembro no Shopping Itaquera, por exemplo, 6 mil adolescentes compareceram, houve correria e lojas fecharam mais cedo por causa da multidão.
Mesmo assim, alguns interessados nos novos eventos se mostram inseguros, e a presença da Polícia Militar e a possibilidade de confusões assustam alguns participantes. No "rolezinho" do Shopping Internacional de Guarulhos, no dia 14 de dezembro, 22 pessoas foram detidas. Um deles diz que "o único crime que compensa é roubar a atenção das gatas".

Posts no Facebook sobre os 'rolezinhos' (Foto: Editoria de Arte/G1)
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Objetivo
  As páginas dos "rolezinhos" nas redes sociais servem também como painel do que os jovens buscam nos encontros. Em sua maioria, conhecer novas pessoas e paquerar aparecem entre os principais interesses. Em entrevista ao G1, alguns participantes de "rolezinhos" das zonas Leste e Sul de SP disseram que vão aos encontros para tirar fotos, comer fast food e curtir com os amigos.
O sucesso do evento, para um grande número, depende de "pegar meninas", de preferência, várias no mesmo encontro, disfarçando e aproveitando a multidão para que elas não percebam. Há frases de efeito e comentários que tentam acirrar disputas entre as meninas. O comportamento das meninas também é muito comentado, e a opinião geral é que as meninas devem "se dar valor".

Estilo e comportamento
 
A maioria dos "rolezeiros" é composta por menores de idade. Bonés para os meninos, cabelo comprido e alisado para meninas, tênis, aparelhos nos dentes são frequentes nas numerosas fotos que todos os perfis deixam públicas para qualquer usuário.
As citações de marcas famosas e artigos de luxo, características do funk ostentação, também aparecem em várias postagens dos "rolezinhos". Antes mesmo da polêmica sobre os encontros, funkeiros conhecidos como o MC Boy do Charmes e o falecido MC Daleste já cantavam sobre o shopping center como um símbolo de ascensão financeira.

Posts no Facebook sobre os 'rolezinhos' (Foto: Editoria de Arte/G1)
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 Música

O funk é quase unanimidade entre os organizadores e participantes. Muitos são MCs amadores e compartilham músicas próprias e/ou de amigos.

Alguns acumulam milhares de seguidores no Facebook e até já recebem ofertas de pagamento por publicações patrocinadas, com valores entre R$ 50 e até R$ 800. Para manter os fãs, eles gostam de bajulá-los na rede social, e muitos parecem querer fazer de tudo para seguir esse caminho, inclusive participando de grupos e listas de trocas de seguidores. Tudo para ganhar elogios femininos.

Posts no Facebook sobre os 'rolezinhos' (Foto: Editoria de Arte/G1)
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Polícia

Apesar de as redes sociais terem sido inundadas com textos e opiniões sobre a proibição dos "rolezinhos" por liminares judiciais, e pela repressão desses eventos pela polícia, com uso de bombas de gás lacrimogêneo, poucos desses textos são produzidos ou compartilhados pelos adolescentes que participaram e continuam participando deles. Alguns jovens já estiveram na delegacia após "rolezinhos" e disseram que os eventos e os usuários que os organizam ou que participam deles são rastreados pelas autoridades.

Posts no Facebook sobre os 'rolezinhos' (Foto: Editoria de Arte/G1)
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