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Apesar das recentes confusões envolvendo os "rolezinhos" em São Paulo,
novos encontros de jovens em shopping centers, praças e parques devem
acontecer nas próximas semanas. Por meio das páginas desses eventos nas
redes sociais, porém, poucos comentários são feitos pelos participantes
dos eventos sobre confrontos com a polícia. Os perfis que administram as
páginas de eventos se apressaram, nesta semana, para esclarecer que o
objetivo é se divertir com disciplina e segurança.
Veja o que pensam os adolescentes dos "rolezinhos":
Segurança
Em sua maioria, as páginas dos próximos "rolezinhos" estão preocupadas em evitar brigas, arrastões e tumultos. No encontro de 8 de dezembro no Shopping Itaquera, por exemplo, 6 mil adolescentes compareceram, houve correria e lojas fecharam mais cedo por causa da multidão.
Mesmo assim, alguns interessados nos novos eventos se mostram
inseguros, e a presença da Polícia Militar e a possibilidade de
confusões assustam alguns participantes. No "rolezinho" do Shopping
Internacional de Guarulhos, no dia 14 de dezembro, 22 pessoas foram
detidas. Um deles diz que "o único crime que compensa é roubar a atenção
das gatas".
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Objetivo
As páginas dos "rolezinhos" nas redes sociais servem também como painel
do que os jovens buscam nos encontros. Em sua maioria, conhecer novas
pessoas e paquerar aparecem entre os principais interesses. Em
entrevista ao G1, alguns participantes de "rolezinhos"
das zonas Leste e Sul de SP disseram que vão aos encontros para tirar
fotos, comer fast food e curtir com os amigos.
O sucesso do evento, para um grande número, depende de "pegar meninas",
de preferência, várias no mesmo encontro, disfarçando e aproveitando a
multidão para que elas não percebam. Há frases de efeito e comentários
que tentam acirrar disputas entre as meninas. O comportamento das
meninas também é muito comentado, e a opinião geral é que as meninas
devem "se dar valor".
Estilo e comportamento
A maioria dos "rolezeiros" é composta por menores de idade. Bonés para os meninos, cabelo comprido e alisado para meninas, tênis, aparelhos nos dentes são frequentes nas numerosas fotos que todos os perfis deixam públicas para qualquer usuário.
As citações de marcas famosas e artigos de luxo, características do
funk ostentação, também aparecem em várias postagens dos "rolezinhos".
Antes mesmo da polêmica sobre os encontros, funkeiros conhecidos como o
MC Boy do Charmes e o falecido MC Daleste já cantavam sobre o shopping
center como um símbolo de ascensão financeira.
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Música
O funk é quase unanimidade entre os organizadores e participantes.
Muitos são MCs amadores e compartilham músicas próprias e/ou de amigos.
Alguns acumulam milhares de seguidores no Facebook e até já recebem
ofertas de pagamento por publicações patrocinadas, com valores entre R$
50 e até R$ 800. Para manter os fãs, eles gostam de bajulá-los na rede
social, e muitos parecem querer fazer de tudo para seguir esse caminho,
inclusive participando de grupos e listas de trocas de seguidores. Tudo
para ganhar elogios femininos.
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Apesar de as redes sociais terem sido inundadas com textos e opiniões sobre a proibição dos "rolezinhos" por liminares judiciais, e pela repressão desses eventos pela polícia, com uso de bombas de gás lacrimogêneo, poucos desses textos são produzidos ou compartilhados pelos adolescentes que participaram e continuam participando deles. Alguns jovens já estiveram na delegacia após "rolezinhos" e disseram que os eventos e os usuários que os organizam ou que participam deles são rastreados pelas autoridades.
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