Foto: Reprodução
Em
 relatório entregue em abril ao Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica (Cade), o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer afirma 
dispor de "documentos que provam a existência de um forte esquema de 
corrupção no Estado de São Paulo durante os governos [Mário] Covas, 
[Geraldo] Alckmin e [José] Serra, e que tinha como objetivo principal o 
abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM". O ex-executivo denuncia que o
 hoje secretário da Casa Civil do governo Alckmin (PSDB), deputado 
licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur 
Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de 
participar do cartel dos trens em São Paulo entre os anos de 1998 e 
2008. Rheinheimer também cita o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado
 tucano, como outro beneficiário. O documento oficial faz referência a 
supostas propinas pagas a políticos ligados a governos tucanos, com 
envolvimento de ex-diretores de estatais como a Companhia Paulista de 
Trens Metropolitanos (CPTM). As denúncias foram enviadas pelo Cade à 
Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga o cartel em São 
Paulo e no Distrito Federal. No texto, Rheinheimer diz que o cartel "é 
um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores
 empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, 
Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito
 Federal". Outros quatro políticos são citados pelo ex-diretor da 
Siemens como "envolvidos com a Procint", empresa do lobista Arthur 
Teixeira suspeita de intermediar propina a agentes públicos: o senador 
Aloysio Nunes (PSDB-SP) e os secretários estaduais José Aníbal 
(Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo 
Garcia (Desenvolvimento Econômico).
 
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