19.mai.2013 - Público aguarda inicio do show de Jorge Drexler no palco Júlio Prestes Leia mais Mariana Pasini/UOL
A 9ª edição da Virada Cultural teve cerca de 26h de duração, marcada
pela saída do pernambucano Otto do palco 25 de Março por volta das
20h15. No palco Júlio Prestes,o uruguaio Jorge Drexler fechou
a programação às 19h20, e o Stand Up se estendeu até as 19h50. Mais de
900 atrações se dividiram em diversos palcos pelo centro da cidade desde
as 18h de sábado, mas o grande gargalo deste ano foi, mais uma vez, a
sensação de insegurança nas ruas, refletindo em uma tensão que envolveu Polícia Militar e Prefeitura de São Paulo.
Durante a madrugada houve relatos de que a PM estaria atuando com
inércia diante de atos de violência no evento. A reportagem do UOL
flagrou um arrastão na praça da República a dez metros de uma base da
PM, da qual os policiais alegavam não poder sair. "Se houve sonegação de
ajuda por parte do policial, iremos investigar", disse o prefeito de
São Paulo, Fernando Haddad, durante divulgação do balaço final do evento. Um total de 3,4 mil policiais militares estavam trabalhando na Virada.
A equipe do UOL que percorreu as ruas do Centro
durante as 24h de Virada Cultural relatou sensação de insegurança ao
fazer o trajeto entre os palcos. Enquanto as apresentações aconteciam, o
clima era mais ameno entre o público, mas circular de um lado para o
outro na região era o grande temor, em meio a relatos de roubos,
arrastões e brigas.
Policiais que não quiseram se identificar afirmaram ao UOL que esta foi
a edição mais violenta da Virada. Segundo eles, não se esperava um
número tão grande de ocorrências. Duas pessoas morreram durante o
evento, seis foram esfaqueadas e 28 foram detidas, segundo dados
preliminares apresentados pela organização. "Recebemos mais ocorrências
do que imaginávamos", reconheceu Haddad.
Nas redes sociais, a falta de segurança também foi assunto na página
principal do evento no Facebook. "Estou com medo. Vi de perto arrastão",
disse um internauta. "É o quinto ano que eu vou e o último, porque essa
foi uma Virada realmente assustadora. Seis baleados, gente esfaqueada e
até o Eduardo Suplicy foi roubado", disse outra pessoa, referindo-se ao
senador do PT que foi furtado durante show de Daniela Mercury no palco
Júlio Prestes. Leia mais em UOL
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