Seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa” é lançado na UPB - Bahia Expresso

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terça-feira, 26 de março de 2013

Seminário “Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa” é lançado na UPB




Evento acontece no dia 26 de abril, em Barreiras, e conta com a participação de prefeitos, secretários, parlamentares e o apoio do Crea-Ba; objetivo é retomada das obras da ferrovia

O movimento visando à retomada das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) foi lançado na manhã desta segunda-feira (25), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador. O objetivo é a realização do I Seminário da Fiol, previsto para acontecer no dia 26 de abril, em Barreiras, com a participação de ministros, parlamentares e da sociedade civil. Obra essencial para o escoamento de minérios e da produção agrícola do Estado, a ferrovia vem sofrendo seguidas interrupções, preocupando prefeitos, produtores e empresários baianos.
A obra, que liga Figueirópolis, no Tocantins, ao Porto Sul, em Ilhéus, na Bahia, proporcionará um novo vetor de desenvolvimento para o País. No lançamento do Seminário Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa, estiveram presentes secretários de Estado, parlamentares e prefeitos de diversas regiões do Estado. Segundo o deputado federal João Leão (PP), idealizador do movimento, a ferrovia é tida como a maior obra do momento para o desenvolvimento do Estado. “Onde ela passa vai trazer progresso, desenvolvimento e a geração de empregos”. Leão revelou que dos nove lotes da obra, apenas o lote 3 está em andamento, os demais encontram-se paralisados.
A obra envolve 47 municípios por onde passa a ferrovia, impactando diretamente 147 cidades. Além da produção de grãos e frutas, a ferrovia terá papel importante também para escoar a produção de minério de ferro da Bamin, localizada em Caetité. “É um projeto prioritário para a Bahia, sendo que já existem 500 milhões de toneladas de produtos contratadas para transporte em seus vagões, destacou o parlamentar. Ele deixou claro que a ferrovia enfrenta um jogo de interesses que envolve diversas ramificações e grupos empresariais no País. Para a realização do seminário, em abril, já estão confirmadas as presenças do governador Jaques Wagner (PT), dos ministros das Cidades, Planejamento, Transportes, Meio Ambiente, dos Portos, além dos presidentes do Ibama, Valec, Codevasf e outros órgãos.
”É uma obra grandiosa. A Bahia tem grande extensão territorial. Se a ferrovia fosse construída na Europa certamente atravessaria diversos países. O dinheiro e o projeto para a obra já existem, o que falta é a sinergia entre os órgãos envolvidos”, salientou o presidente do Conselho de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-Ba), engenheiro mecânico Marco Amigo.
O Crea-BA é um dos parceiros do movimento  e o conselho já se colocou à disposição para acompanhar a obra e ajudar a desobstruir os gargalos. “É preciso uma conjunção de esforços políticos para sensibilizar os responsáveis e garantir a retomada das obras”, disse Amigo. O senador Walter Pinheiro (PT) refletiu que tudo passa por uma questão econômica, existindo uma grande disputa nacional com relação ao deslocamento de mercadorias. “A ferrovia vai contribuir para resolver um problema histórico de logística de distribuição no Brasil e vai também estimular a conclusão de estradas, como a BR-030, potencializando a economia brasileira e descentralizado a distribuição”.
A presidenta da Comissão Especial da Fiol na Assembléia Legislativa da Bahia, deputada Ivana Bastos (PSD), informou que a comissão tem feito inúmeros esforços para destravar a construção. O secretário da Casa Civil, Rui Costa, informou aos presentes que o Ibama liberou a obra nos trechos de 1 a 4, deixando claro também os esforços do Estado para continuidade da obra. “O Porto Sul foi projetado para transportar 100 milhões de toneladas /ano e deve se tornar o terceiro maior do País”. Ele salientou ainda que, assim que a chamada MP dos Portos for aprovada, o setor portuário ganhará investimentos expressivos, atendendo demandas do crescimento de importação e exportação do país.
“Não há qualquer dúvida sobre a importância deste projeto para a Bahia e para o Brasil. Já temos a aprovação da lei que regulamenta a Sociedade de Propósito Específico (SPE), que dará base legal ao Porto Sul”, disse Rui Costa. Trata-se da lei estadual número 12.623, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) em dezembro de 2012. De acordo com a lei, o Estado será sócio da SPE do Porto Sul, garantindo que o interesse público seja cumprido.
Segundo a presidenta da UPB, prefeita de Candeal, Maria Quitéria (PSB), não é possível pensar o futuro do País sem as ferrovias, “um transporte mais barato, seguro, ambientalmente sustentável, que induz o desenvolvimento e atrai novas empresas e investimentos por onde passa e promove a descentralização desse desenvolvimento”. Ela acredita que as ferrovias também podem ajudar a resolver parte dos problemas das rodovias. “O Nordeste não tem futuro se não colocar as ferrovias como prioridade”.
O evento é uma realização da União dos Municípios do Oeste da Bahia (UMOB), Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (AMURC), Prefeituras de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) e Associação dos Engenheiros e Técnicos Ferroviários da Bahia e Sergipe (AELB). Conta com apoio da UPB, ALBA, AIBA, ACELEM e FIEB. A coordenação geral é do deputado federal João Leão.
LIGAÇÃO - A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) dinamizará o escoamento da produção da Bahia e servirá de ligação dessa região com outros pólos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1.527 km de extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014.
A Fiol ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras no estado da Bahia a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto Sul, em Ilhéus, e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.
Chico Araújo - Assessoria de Imprensa Crea-Ba (MT-1355-Ba)
 Foto: Paulo Macedo

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