Caça sueco Gripen é entregue à FAB e inicia fase de testes - Bahia Expresso

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Ita melhor

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Caça sueco Gripen é entregue à FAB e inicia fase de testes



O novo caça da FAB, o Gripen E/F, será entregue hoje de manhã em Linköping, na Suécia, para iniciar a fase mais difícil do projeto – durante os próximos anos, vai passar por duros testes de voo destinados a provar que o jato é capaz de realizar todas as missões de combate para as quais foi designado pela aviação militar. O evento é solene, com a presença de representantes dos dois governos, executivos das empresas envolvidas e pessoal técnico.
O jato 4100 é o primeiro de um lote de 36 unidades que será recebido em etapas até 2026. O contrato, no valor de 39,3 bilhões de coroas suecas, bate em R$ 16,8 bilhões, cobrindo as aeronaves, toda a transferência de tecnologia e a adequação industrial. A versão F, de dois lugares, passou a ser um programa próprio, desenvolvido em conjunto pela sueca Saab, e as brasileiras Embraer Defesa e Segurança (EDS), Ael Sistemas, Akaer e Atech. Há 150 engenheiros trabalhando no projeto do caça biposto, a maior parte deles no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (CPDG) no núcleo industrial da EDS em Gavião Peixoto, a 316 km de São Paulo, na região de Araraquara. O efetivo vai crescer, pode chegar a 400 especialistas.
A primeira meta do consórcio é criar uma aeronave nova, para ser empregada no treinamento avançado dos oficiais que assumirão os esquadrões que serão equipados com os Gripen. Vai servir também para a execução de missões de ataque qualificado, de alta complexidade, que exigem, além do piloto, um artilheiro a bordo. O segundo objetivo é de médio prazo e é mais ambicioso, admitiu ontem um ex-integrante do programa, para quem “o gol a ser marcado é adquirir capacidade para projetar e construir no País aviões dessa classe”. Haverá muito tempo para isso.
A previsão é de que a convivência da Força Aérea com o Gripen E/F se estenda além de 2060. Há planos para encomendas suplementares nos próximos anos até um total de 108 unidades – que seriam necessariamente fabricadas no Brasil. O assunto entrará na pauta por volta de 2025. Assim, o Gripen E/F talvez seja o último jato de superioridade aérea que a Força Aérea compra de um fornecedor externo.

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