Vice-prefeito de Ibicaraí, Jonathas Soares (Republicanos) oficializou rompimento com o ex-prefeito de Salvador
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) conseguiu formar mais uma aliança em uma região estratégica para a sua reeleição. O vice-prefeito de Ibicaraí, no sul da Bahia, Jonathas Soares (Republicanos) oficializou o rompimento com o ex-prefeito de Salvador e virtual candidato ao Palácio de Ondina, ACM Neto (União Brasil), para apoiar a recondução do petista. Em 2022, Neto conseguiu mais votos do que Jerônimo no município.
Em conversa com o BNews, Jonathas disse que a construção da aliança vinha sendo maturada desde maio, quando ele e um grupo de vereadores se reuniram com o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola. O encontro levou ao rompimento com a prefeita Monalisa Tavares (União Brasil).
“O município precisa do governo do estado e fizemos a reunião, mas a prefeita não entendeu isso. Alguns pedidos que nós fizemos já estão sendo viabilizados”, justificou Jonathas.
O racha com o ex-prefeito teve como consequências o realinhamento das alianças para o legislativo no pequeno município de pouco mais de 21 mil habitantes. Jonathas também rompeu com o deputado federal Alex Santana (Republicanos), que abdicou de tentar a reeleição. Somado a isso, ele revelou que o seu grupo político não vai mais apoiar o deputado estadual Tiago Correa (PSDB), aliado da prefeita. Ele afirmou também que vai trocar de partido.
As definições sobre quais candidatos à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) seu grupo - que conta com seis dos nove vereadores da Câmara Municipal - vai apoiar, assim como a escolha de sua futura legenda, passarão pelo aval de Loyola, que deve dar uma resposta até março.
CENÁRIO CAÓTICO
O cenário político de Ibicaraí passa por uma grande turbulência para além do reajuste de alianças. Em julho, a prefeita Monalisa Tavares foi afastada do cargo após ter seus direitos políticos suspensos por cinco anos, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A condenação tem origem em uma ação de improbidade administrativa. O entendimento dos ministros aponta para violação de princípios da administração pública.

Durante um breve período, Jonathas Soares assumiu o comando da gestão, mas foi deposto do cargo após Monalisa conseguir uma liminar que suspendeu os efeitos da decisão do STJ.
Em 2014, Monalisa chegou a ter seus bens bloqueados após a juíza federal Maízia Seal Carvalho Pamponet aceitar denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa.
A expectativa é de que nos próximos meses a Justiça tome uma decisão definitiva sobre o caso, seja para restabelecer os direitos políticos da prefeita ou por seu afastamento permanente.

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