São Paulo – O jurista Dalmo Dallari afirmou que as denúncias de que o presidente Michel Temer (PMDB-SP) teria recebido propina e dado aval para a compra do silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) configuram motivo suficiente para pedido de impeachment do atual titular do Palácio do Planalto, mas que a melhor solução seria a sua renúncia.
"Que ele renuncie ao mandato e deixe de exercer a presidência. Esse é o melhor caminho", afirmou Dallari, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta quinta-feira (18). Ele afastou a hipótese de prisão imediata de Temer, assim como do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). "Estamos vivendo um exagero de prisões, o que contraria a própria Constituição. Antes da condenação judicial, há a presunção de inocência."
Dallari também defendeu a aprovação de uma Emenda Constitucional que determine eleições diretas para a presidência. "Em última análise, o melhor seria a aprovação de uma Emenda Constitucional prevendo a imediata eleição pelo povo de um novo presidente."
Contudo, o jurista vê com "sérias restrições" a realização de manifestações de rua pedindo por eleições diretas, temendo manipulação e forte repressão. O jurista disse ainda aprovar o nome da presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmén Lúcia, para suceder Temer.
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