Caiu como uma bomba de inseticida na oposição política de Ibicaraí a divulgação de um relatório feito pelo jornal Folha de S.Paulo que coloca o município entre as cidades mais eficientes do Brasil em gastos públicos. Ibicaraí aparece na 64ª. posição no país, e é a terceira da Bahia.
Até agora, a administração está aproveitando para faturar em cima, divulgando que o resultado mostra a competência do governo atual. Já a oposição ficou perdida, e, em um momento de batalha eleitoral, tenta combater a informação com argumentos frágeis.
Primeiro, tenta desqualificar a fonte da informação, dizendo coisas como “só pode estar errado, “esses pesquisadores não moram aqui” e até o famoso “onde já se viu?”. É sinal de que a oposição não está preparada para um debate maduro que admita a evolução e os acertos do governo Lenildo e proponha um caminho melhor para superar os graves problemas do município.
É possível que a metodologia dos pesquisadores contenha erros e seja passível de importantes ressalvas. Algumas delas são fáceis de perceber, e aqui alinho três problemas: evolução, renda total e captação de renda.
A ideia do estudo da Folha é que Ibicaraí merece elogios porque consegue dar algum atendimento à população em saúde, educação e saneamento mesmo diante da baixa quantidade de recursos disponível para a prefeitura trabalhar. Eles pegaram números oficiais de atendimento nessas três áreas e cruzaram com a renda média por pessoa que está disponível para a prefeitura.
O problema em evolução é que, aceitando essa metodologia de bandeja, é possível que o mérito seja anterior a Lenildo. Esse é o primeiro estudo, a primeira fotografia. Não se sabe como era antes de Lenildo e se ele está contribuindo para melhorar esse quadro ou se Ibicaraí era até melhor e ele só piorou.
E ainda há a questão da renda total. A Folha parte do total de renda que a prefeitura tem executado no orçamento municipal. O problema aqui é que Lenildo pedalou mais de 50 milhões de reais em seu governo, elevando a dívida do município para conseguir trabalhar. E aí tivemos aumento da folha de pessoal a níveis absurdos, deixando uma situação complicada para a próxima administração. Comprar um carro de luxo no crediário não deixa ninguém rico, e só leva o problema para frente, porque uma hora a conta chega.
Por último, é possível discutir também a questão da captação de renda. Esse não é um problema da metodologia, que só analisa a renda disponível. Mas um gestor além de administrar bem o que tem à disposição também deve ser bom em captar mais renda, para ter ainda mais recursos para distribuir em serviços à população. Talvez esse seja um dos grandes problemas de Ibicaraí, e sobre o qual a oposição não demonstra a menor ideia de como resolver.
Mesmo com esses poréns, aparecer bem no ranking de eficiência da Folha é uma grande vitória do governo Lenildo Santana. E esse resultado complicou a cabeça da oposição, que ainda não se recuperou do golpe para apresentar alternativas viáveis sem ser jogar pedra adoidado no estudo da Folha, que é sério e também não vota em Ibicaraí.
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