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sábado, 2 de abril de 2016

Josias rebate Neto sobre “toma lá, dá cá” do governo Dilma

As articulações políticas estão em “compasso de espera” no governo estadual devido aos impasses criados pelo ambiente, turbulento, em Brasília. O secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, acredita que somente depois de superado o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff será possível reorganizar as forças políticas na Bahia.
O secretário pressupõe, e sendo do PT não poderia crer em algo diferente, que ocorra a vitória da presidente na Câmara dos Deputados, contudo, pondera que o momento é ainda muito complicado e que a crise da instituição partido político foi intensificada pela conjuntura atual agravando os problemas políticos da democracia. De acordo com ele, as legendas deixaram de cumprir o papel programático e neste vácuo se instalou os interesses individuais.
Neste sentido, há a falta de perspectiva para o aperfeiçoamento dos processos democráticos. Ao analisar este contexto, Josias Gomes, aproveitou para criticar as declarações proferidas pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na última quinta-feira (31).
“O que é mais lamentável em tudo isso é que o governo instituiu o mais explícito balcão de negócios da história do Brasil, uma política de barganha lamentável e inconsequente. Imagine se a presidente consegue 172 votos (para barrar o impeachment). O que será do Brasil?”, disse o prefeito.
Para Josias, Neto utiliza o proselitismo clássico que não contribui em nada. O secretário estadual argumenta que as negociações por espaço dentro do governo acontecem na política em Brasília, na Bahia e em Salvador. O exemplo mais recente e ainda extraoficial – embora a imprensa e o meio político tratem como ato consumado – é a nomeação do deputado federal Irmão Lázaro (PSC) na secretaria municipal de Relações Institucionais.
O parlamentar teve uma votação expressiva, foi o terceiro candidato com maior número de votos em 2014 (161.438), no entanto, Lázaro não tem experiência na ponte entre Executivo, Legislativo, partidos, sociedade civil organizada e outros segmentos, conforme alguns vereadores de Salvador assinalaram a este site.
Irmão Lázaro, por outro lado, pertence a um partido que interessa à gestão municipal. Aliado a isso, a entrada dele na secretária evita que seja candidato a prefeito em Feira de Santana, ajudando ou não atrapalhando, como já noticiado exaustivamente, o atual prefeito, José Ronaldo (DEM).
Enfim, é um arranjo político para atender interesses políticos de ACM Neto e seus aliados. A legitimidade do ato deve ser analisada politicamente e o resultado nas ações efetivas precisam de tempo para serem comprovados. Nada que deponha contra Irmão Lázaro ou a escolha do gestor, no entanto, para oposição a nomeação servirá de “gasolina” para incendiar o debate do “toma lá, dá cá”.


Publicada originalmente às 17h do dia 1º de março

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