O caso de um bebê chinês de três meses que teria ficado cego depois que um amigo da família teria feito uma foto com flash a uma distância de 25 centímetros chamou a atenção dos internautas nas redes sociais, na terça-feira (28).
Entretanto, três especialistas ouvidos pelo UOL afirmaram que isso é "praticamente impossível". Todos acreditam que o mais provável é que a criança já tivesse um problema na visão que acabou sendo descoberto por causa do incidente. Segundo os oftalmologistas, o flash de uma câmera não tem potencial para causar dano permanente, principalmente por ser muito rápido e ter pouca intensidade.
Para causar um problema tão grave, a intensidade da luz precisaria ser muito alta e o tempo de exposição à ela muito prolongado. O flash de uma câmera dura uma fração de milésimo de segundo e não costuma ser tão intenso. Por isso, não faz sentido levar à cegueira", disse a oftalmologista Denise Fornazari, do Hospital de Clínicas da Unicamp. Mesmo para uma criança que tenha nascido prematura, por mais imaturas que as células da retina sejam, a possibilidade de dano permanente por causa do flash é quase nula.
"Não há relatos de nenhum caso assim na literatura médica. Não é totalmente impossível, mas é muito improvável. O mais provável é que o bebê já tivesse uma doença que acabou sendo descoberta por causa disso", disse a oftalmologista Josenalva Cassiano, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Entretanto, a especialista ressalta que fotos seguidas com flash não é bom para ninguém, mesmo para os adultos. "Pode ocorrer algum tipo de lesão por causa do tempo de exposição à luz.
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