Na opinião do jurista, embora tudo esteja “sendo feito para prejudicar o governo” no escândalo da Petrobras e denúncias de corrupção, não existe risco de impeachment.
Porém, as dificuldades enfrentadas pelo PT e seus governos, de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, no âmbito do Judiciário, são em grande parte decorrentes do “desprezo” da esquerda pelo direito. “Tanto a esquerda não dá muita importância ao direito que o Supremo (de hoje) praticamente foi composto, em boa parte, por governos do PT. E, no entanto, como é que o Supremo se comportou no chamado mensalão? Condenou, não apenas o Genoino, mas o Dirceu de uma maneira absurda”, diz.
Porém,
na opinião do jurista, a partir de agora a esquerda vai ser obrigada a dar mais
atenção a aspectos jurídicos ao governar.
Na
atual composição do STF, nada menos do que sete ministros foram indicados por
Lula ou Dilma: o ex-presidente indicou o atual presidente da corte, Ricardo
Lewandowski, além de Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Os nomes de iniciativa da
presidenta são Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.
Sobre
a “tese” do impeachment, aventada politicamente nos corredores do Congresso,
por alguns juristas e alimentada pelos jornais, Bandeira de Mello lembra que,
entre os juristas, só ouvir falar a respeito do jurista Ives Gandra.
–
Lí aquele artigo do jeito que saiu. Eles perderam a eleição, ficaram
aborrecidíssimos, o que se compreende. O que não se compreende é esse tipo de
reação de quem, digamos, dá vontade de dizer: vai chorar na cama que é lugar
quente. Eles reagiram dessa maneira intempestiva. Não estou muito impressionado
com isso, porque para impeachment é preciso muita coisa. Não basta um artigo
que alguém escreva e eventualmente algumas pessoas insatisfeitas fazerem menção
a isso. Não houve a meu ver nada suficiente para justificar um impeachment,
assim como não houve também no Congresso. Impeachment não é assim, “eu não
fiquei satisfeito com o resultado das eleições…Não creio que vá muito pra
frente isso, embora eles tenham por eles o Ministério Público e a polícia. A
coisa mais difícil de controlar é a polícia – afirmou, a jornalistas.
Segundo Bandeira de Mello, as informações são vazadas seletivamente…
– Tudo está sendo feito para prejudicar o governo. Se formos falar nesse negócio da Petrobras, isso é antiquíssimo. Aliás, qualquer pessoa que pegar meu Curso de Direito Administrativo
(editora
Malheiros) vai ver que lá está escrito com todas as letras que o governo
Fernando Henrique colocou o galinheiro ao cuidado da raposa. Ainda no governo
daquele senhor, ele baixou uma medida para as estatais escaparem da Lei de
Licitações, a lei 8.666. Essa medida foi autorizada às empresas estatais, que
são as grandes realizadoras de obras públicas. A partir do momento em que o governo autoriza as estatais a
regulamentarem suas compras,
portanto retira a força de Lei de Licitações, o que está fazendo? Entregou o
galinheiro à raposa. Então a questão da Petrobras é coisa
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