Desde quando se colocou como um nome para disputar a presidência da Assembleia Legislativa, o líder do PT, Rosemberg Pinto, tem enfrentado não só a máquina usada em favor de Marcelo Nilo (PDT), que concorre para o quinto mandato, além dos demais concorrentes, Alan Sanches (PSD) e Sargento Isidório (PSC), que se movimentam nos bastidores para obter apoios.
Há também os rumores que correm nos bastidores da Casa, de suposta desconfiança dentro da base e na oposição, em relação ao PT, o que lhe exige habilidade para tornar-se viável. O deputado diz não ter pressa, já que a eleição só acontece em fevereiro, mas tem conversado com os pares.
Em conversa com a Tribuna, ele confessou que já defendeu a própria candidatura para os 62 parlamentares, inclusive o dirigente da Casa, a quem pediu voto.
Segundo ele, a oposição “tinha” uma rejeição, mas já teria passado. “Foi construída uma tese de que o PT acabaria com tudo. Queremos mostrar que não tem nada disso, que vamos garantir o funcionamento daquilo que está funcionando. Temos que criar todas as legalidades, garantir a transparência. Independente de quem seja a Assembleia, vai continuar funcionando sem problemas”, frisou.
Rosemberg disse que o período é de conversações e voltou a afirmar que não tem justificativas para Nilo sentir-se magoado. “Nós o apoiamos quatro vezes. Não existe motivo para ele ficar chateado. É como Isidório (deputado do PSC) disse: - O presidente precisa descansar”, declarou entre risos. A posição do PT de defesa da postulação amarrou a sua decisão de apresentar-se como alternativa. “Eu não posso ser candidato de mim mesmo. Se eu tenho o aval do meu partido eu não posso ir aos outros. O presidente do partido dele (Nilo) disse que não sabia, mas entre nós isso foi definido para que a partir daí pudéssemos nos apresentar para os demais blocos partidários”, alfinetou.
Um suposto apoio do governador eleito Rui Costa (PT) para a eleição tem sido cogitado, mas Rosemberg nega. O líder petista disse que apenas comunicou o desejo ao futuro governador. “Rui até disse em última entrevista antes de VIAJAR que não vai interferir”.
A proposta de candidatura tem como viés o discurso da renovação no Parlamento. “Estamos discutindo a necessidade de primeiro devolver ao Parlamento o papel da Mesa Diretora porque hoje ela não tem função. Não existe nenhuma utilidade no quadro que está hoje, precisa de papéis restabelecidos”, defendeu. O deputado sugeriu também que os blocos partidários devem ter maior participação na gestão da Casa. “Além disso, interromperíamos o processo de reeleição indeterminada, dando oportunidade a outros candidatos. É esse o conceito de gestão que tenho defendido”, enfatizou.
O petista descartou atritos com Nilo. “Respeito muito o presidente Marcelo Nilo, que é uma pessoa com legitimidade para pleitear qualquer coisa”, afirmou. Porém, conforme sinalizou, o processo sempre irá favorecer o pedetista, ideia que deveria ser desconstruída. “Quem está sentado naquela estrutura acaba tendo vantagem, e quando se interrompe isso se abre para o princípio do equilíbrio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.