Lídice da Mata: recosturando relação com PT esgarçada na campanha
Há pelo menos um motivo para que a ex-candidata ao governo da Bahia pelo PSB, Lídice da Mata, anuncie apoio à presidente Dilma Rousseff no segundo turno. É a única forma de a presidente do PSB baiano refazer uma ponte com o PT, que na Bahia combateu duramente com sua candidatura, e não ficar isolada no Congresso nem na Bahia. Num dos momentos de maior enfrentamento na campanha, Lídice chamou o governador eleito Rui Costa de “inimigo público número um do funcionalismo”, frase que a oposição não demoraria a usar contra o petista num momento em que ele ainda claudicava nas pesquisas. Acabada a campanha, ainda sob o clima da emoção contra o petismo, Lídice anunciou que faria oposição ao partido no Estado, na tentativa de fortalecer a terceira via que disse que seu nome representou na campanha, o que ela desfaz agora anunciando apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Pode assim fazer uma média com o PT nacional, na hipótese de Dilma Rousseff se reeleger, criando as condições para costurar uma reaproximação com Rui Costa, o que pode significar algum espaço futuro na máquina estadual. Lídice só não contava com que a ex-candidata ao Senado em sua chapa, Eliana Calmon, anunciasse apoio ao presidenciável Aécio Neves (PSDB). A ex-ministra teve mais votos ao Senado do que Lídice ao governo.
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