
Por determinação da Promotora de Justiça Substituta, Dra. Cínthia Portela Lopes, em uma reunião na manhã de quinta-feira, 10, no prédio da Promotoria de Justiça de Ibicaraí, ficou definido que o Matadouro Municipal de Floresta Azul só funcionará até o dia 25 de agosto desse ano.
A determinação é proveniente da Lei no 7.889, de 23 de novembro de 1989, que estabeleceu as competências de cada órgão governamental no que diz respeito à fiscalização de abates de animais, segundo o tipo de comercialização a ser efetuada e a Portaria 304, instituída pelo Ministério da Agricultura, em 1996, onde ficou determinado que todo animal só pode ser abatido por frigoríficos que sigam as normas exigidas, e a carne para ser comercializada precisa estar em ambiente refrigerado, à temperatura máxima de 7 graus centígrados, embalada e com a designação de origem e guardada em câmara fria ou balcão frigorífico.
O Matadouro Municipal de Floresta Azul é o último na região em funcionamento. Em outubro do ano passado foi determinado o fechamento do Matadouro de Ibicaraí por não estar dentro dos padrões exigidos pela Lei e Portaria 304 do Ministério da Agricultura. Na região Sul da Bahia só as cidades de Ilhéus, Itapetinga e Jequié têm frigoríficos que seguem as normas exigidas.
VISITAS

Na última quarta-feira (09), a prefeita Dra. Sandra Cardoso, os vereadores Guga e Pedro da Sulba e o empresário Erick Cardoso estiveram visitando o frigorífico municipal na cidade de Itapetinga, onde conheceram as dependências do prédio e mantiveram contato com os seus diretores. Na oportunidade a prefeita solicitou uma proposta do frigorífico para prestar serviço para a cidade de Floresta Azul.
REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
A reunião no prédio da Câmara teve início com a fala do vereador Guga, que leu o documento do Ministério Público para o público presente e explicou o motivo do fechamento do Matadouro Municipal. Anteriormente, Guga e Márcio já haviam ligado para o secretário de Agricultura do Estado, Jairo Carneiro, e pediram uma audiência para discutirem uma forma do Estado e a Secretaria de Agricultura ajudarem na aquisição de balcões frigoríficos. “A ideia é formar uma comissão com os comerciantes local e ir à Salvador. Só estamos esperando a confirmação do secretário”, disse o vereador Guga.
Em seguida o edil convidou ao plenário o comerciante Saulo Souza Rodrigues, que falou sobre o fechamento do matadouro e convocou todos que vivem do comércio de carne para se organizarem, pois será preciso abater o animal em algum frigorífico que siga as normas exigidas pelo decreto e portaria. O comerciante finalizou dizendo que a mudança vai acontecer e que todos precisam se adequar à nova realidade.
O presidente da Câmara de Vereadores, Márcio de Congá, falou da audiência pública em Ibicaraí e lembrou que esse é um problema que já se arrasta por mais de 20 anos. Márcio cobrou a presença dos interessados no assunto e lembrou aos presentes a importância da criação da associação dos comerciantes de carne, facilitando a compra de balcões frigoríficos. Márcio lembrou que o Estado financia o balcão frigorífico em até 60 meses, e se for via associação o preço pode cai em até 50%. Por último o edil avisou que vai existir fiscalização por parte dos órgãos competentes e o abate clandestino pode acarretar em perda da carne e multa.
A prefeita Dra. Sandra falou que essa lei já existe há mais de 20 anos, e é preciso que o município se adeque o mais rápido possível às normas pedidas. Sandra falou da comissão que foi formada em Ibicaraí em outubro de 2013 e lembrou que já havia o aviso do fechamento do matadouro. “A lei é clara: para abater e comercializar é preciso que tenha um frigorífico dentro das normas exigidas. Esses matadouros estão distantes dos novos métodos de abate e conservação da carne”, disse.

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