A estudante Thifany Maiara da Silva, de 13 anos, esteve com a mãe em um rolezinho no Shopping Metrô Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
Quando estava chegando, a garota recebeu uma mensagem de uma amiga
dizendo que estava acontecendo um tumulto no local. Thifany e a mãe
tiveram que correr para escapar da confusão. Fã de MC Daleste, funkeiro
morto em julho do ano passado, a adolescente diz não gostar de músicas
que depreciam as mulheres.
A babá Josiane da Silva, de 32 anos, decidiu ir ao rolezinho no Shopping
Metrô Itaquera na companhia das filhas, com o intuito de arrumar um
namorado. Muito bem-humorada, ela contou que, depois da confusão, voltou
para casa triste, porque não conseguiu o namorado que procurava.
Josiane também disse que conversa com as filhas para que elas consigam
evitar riscos no dia a dia. "Minha maior preocupação é a droga. [Quando
vem] Uma pessoa não muito legal, elas podem deixar depois, mas a droga é
mais difícil", avalia. Em relação ao funk, ela reprova as letras "muito
depravadas". "Eu falo para elas: para ser feliz, não precisa ser
vulgar."
A estudante Gláucia Roberta Vieira Selles, de 14 anos, participou de um
rolezinho no Shopping Metrô Itaquera e aprovou o passeio. Porém, o
tumulto a desencorajou de ir a outros encontros marcados pela internet.
"Por causa disso, a gente vai diminuir nossas idas ao shopping",
afirmou. A estudante, que pretende tentar a carreira de modelo
fotográfica, costuma participar de festas e bailes funk com as amigas.
"Eu gosto de dançar bastante, mas não aqueles que vulgarizam muito a
mulher. Se vier tocar um funk que vulgariza a mulher, eu paro de dançar.
Minhas amigas param também."
Moradora do Jardim Nazaré, na Zona Leste, a estudante Jennifer Stephanie
Silva Ferrari, de 15 anos, convidou a mãe e a irmã para participar de
um rolezinho no Shopping Metrô Itaquera. Para ir ao shopping, a aluna do
segundo ano do ensino médio contou que a roupa que as meninas costumam
usar no local é "mais comportada" e "menos chamativa" que a escolhida
para o baile funk. "A gente sempre se maquia, usa um sapato ou uma
Melissa. Já é de lei. A gente também gosta de usar um shortinho muito
apertado e curto no baile. Isso não pode faltar", disse. "Tem música que
é muito vulgar, que denigre a imagem da mulher. Eu só gosto das
batidas. Das letras das músicas, não gosto, não", revelou Jennifer
Stephanie.
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