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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Análise: Obama enfrenta choque de realidade 6 meses após reeleição

Bloqueado no Congresso, cerceado no Oriente Médio e agora prejudicado por escândalos, o presidente Barack Obama, apenas seis meses depois de uma entusiástica reeleição, chegou ao ponto em que o segundo mandato que esperava cumprir está colidindo com o segundo mandato que de fato cumpre.
Os desafios destacam um paradoxo quanto ao 44º presidente dos EUA. Ele chefia um governo que, aos olhos dos críticos, parece cada vez mais intrusivo, usando a Receita do país como ferramenta política e xeretando registros telefônicos de jornalistas.
No entanto, há momentos em que Obama parece ser apenas um observador posicionado no mais poderoso escritório do planeta, sob o assédio da rivalidade partidária e de forças que parece incapaz de controlar.
Ele não tem como forçar o Congresso a aprovar nem mesmo uma medida modesta de controle de armas, dizem assessores, e a matança na Síria desafia a capacidade de intervenção dos EUA.
Isso desperta a questão: como é que um presidente de ambições grandiosas, mas horizontes cada vez mais restritos, pode usar seu posto?
Obama talvez esteja certo quanto a algumas das coisas que não pode fazer, mas recentemente também vem encontrando dificuldades para apresentar uma visão quanto ao que pode fazer.
A área em que um progresso maior parece mais obviamente possível é a imigração, na qual os republicanos parecem querer um acordo a fim de melhorar sua posição no eleitorado latino.
Assessores da Presidência expressaram a esperança de que seja possível chegar a um acordo sobre o Orçamento, retomar o esforço pelo controle de armas e usar os poderes do Executivo para reduzir as emissões de gases causadores do efeito-estufa.
E Obama pode promover as políticas de seu governo ao colocar em operação seu programa de saúde, apontar juízes federais e o novo presidente do Fed (o banco central americano) e retirar mais tropas do Afeganistão.
Para Obama, a forte queda no deficit anunciada na terça-feira serviu como lembrete de que, se ele concluir o mandato com uma economia mais forte, isso pode ser mais importante para seu legado que os reveses desta semana.

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