Foto: Bahia Extra / Reprodução
Nas contas do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) – que deu ultimato ao seu partido até esta terça-feira (27) para que defina se será ou não postulante à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) –,
ainda há indefinição em pelo menos dois terços da Casa. A avaliação é
uma resposta ao cálculo propagado pelo atual chefe do parlamento baiano,
Marcelo Nilo (PDT), que não só assegura ter o apoio de nada menos que
nove partidos como pediu que o concorrente desistisse da candidatura (ver nota).
"Não é verdade que ele tem hoje a maioria dos deputados ou partidos.
Primeiro que ele só vai ter reunião com o PSD na quarta. Com o PT é
amanhã [terça]. Terceiro que a oposição não fechou com ele. Só aí são 43
votos, contando só esses três agrupamentos. Além disso, no PCdoB, que
ele disse que apoia ele, o deputado Álvaro Gomes já falou que não houve
posição fechada com relação a apoio. Agora ele fica vendendo que tem
isso", protestou o petista, em entrevista ao Bahia Notícias. Com o
discurso de que "ao contrário de Marcelo Nilo, não sou candidato de mim
mesmo", Rosemberg criticou ainda a inédita possibilidade de permanência
do mesmo presidente por quatro mandatos consecutivos na AL-BA. "Eu
discordo do método dele em se colocar como candidato e do procedimento
de reeleição de forma indeterminada. É uma desmoralização do parlamento
quando acontece isso. Joga-se a democracia de lado. Essa Casa
Legislativa tem a capacidade de fazer o debate da pluralidade. Quando
tem eleição de forma indefinida, é ruim. Na minha leitura, entendo que o
regimento não permite a reeleição de forma indeterminada. Eu respeito
porque é a posição dos meus pares", considerou. Nesta segunda (26),
antes mesmo de qualquer definição, os dois postulantes se bicaram no
plenário. Durante o pequeno expediente, Nilo provocou Rosermberg Pinto
ao chamá-lo para falar à tribuna: “O nome do senhor está inscrito como
orador. O senhor desiste de falar?”. Na réplica, o petista demonstrou a
sua mágoa com o discurso do aliado. “Já que o senhor quer que eu desista
de ser candidato à presidência, eu também desisto de falar”, retrucou.
“Está bem, quero que o senhor desista de desistir. Quero ouvir o
senhor”, ponderou Nilo, na tréplica. A supressão ou a alargamento do
imbróglio deverá ocorrer nesta terça. Uma reunião na liderança do PT na
Assembleia, marcada para as 13h, definirá se o destino de Rosemberg será
disputar o comando dos parlamentares ou acatar a "posição dos pares" – ou ímpares.
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