
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
O líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Amapá), assinou hoje a sua ficha de filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Randolfe ficou sem partido por mais de um ano, após deixar o Rede Sustentabilidade em maio de 2023, depois de uma briga com Marina Silva, fundadora da sigla e hoje ministra do meio ambiente.
Depois da saída, o líder do governo no congresso adiou o cumprimento da promessa de filiação por meses. De acordo com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a filiação estava certa, faltando apenas uma brecha na agenda de Lula para marcar o evento.
O que se fala, no entanto, é que Randolfe procurou outras alternativas enquanto não concretizava a filiação ao PT. Ele teria sondado outros partidos, buscando opções para as eleições de 2026, quando deve disputar a reeleição ao Senado. Ele teria procurado o PSB e recebido convite do MDB.
A cerimônia aconteceu no Palácio da Alvorada. Além de Lula, estava presente a primeira-dama Janja da Silva, que também assinou a ficha de filiação de Randolfe.
CRITICADO COMO LÍDER
Randolfe é, constantemente, alvo de críticas devido a sua falta de traquejo nas negociações com os parlamentares. Especialistas afirmam que ele não dialoga com senadores e deputados da oposição.
A inabilidade se tornou evidente na última sessão do Congresso, em maio, quando o governo Lula amargou derrotas com o fim das “saidinhas dos presos” e a lei que criminalizava a comunicação enganosa em massa.
Nos dias que antecederam a sessão, parlamentares afirmaram que Randolfe não procurou a oposição para tentar firmar qualquer tipo de acordo. Bolsonaristas afirmaram que não precisaram fazer esforço para derrotar o governo.
Deputados e senadores avaliam que Randolfe teve um papel importante quando era oposição. Na liderança do governo, no entanto, o senador deixa a desejar pela falta de diálogo, anúncio de acordos que não existem e acúmulo de derrotas.
Para lideranças partidárias ouvidas pelo UOL, o cargo foi um prêmio de consolação. Randolfe foi coordenador de campanha de Lula em 2022 e, durante a transição, tentou articular o comando em algum ministério. Sem sucesso na empreitada, sobrou o cargo de líder no Congresso.
Apesar das falhas e críticas, Randolfe tem uma boa relação com lula e com a primeira-dama. Em julho do ano passado, Lula e Janja foram padrinhos de casamento de Randolfe.
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