Médicos relatam evolução mais rápida da Covid-19 em pacientes na segunda onda - Bahia Expresso

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quarta-feira, 17 de março de 2021

Médicos relatam evolução mais rápida da Covid-19 em pacientes na segunda onda



Foto: Divulgação
As novas variantes do coronavírus estão matando pacientes mais rápido do que a original. Essa é a visão que médicos do Brasil inteiro, que trabalham na linha de frente do combate à pandemia, possuem.
Em reportagem do UOL, oito médicos de diferentes estados deixaram suas impressões sobre a segunda onda da Covid-19 no Brasil. O país já possui mais de 11,6 milhões de casos e 282 mil mortes.
"Os pacientes estão chegando ultimamente tão graves que às vezes o que a gente fazia anteriormente não está tendo a mesma resposta. A impressão é que a gente precisa fazer muito mais coisas para ele melhorar e, mesmo assim, eles pioram mais e de forma muito mais rápida", afirma o doutor Diego Montarroyos Simões, plantonista em um hospital da rede particular de Recife.
Uma pesquisa divulgada nesta semana, realizada no Reino Unido, indicou que a variante que surgiu lá aumenta o risco de morte em 61%. No Brasil, médicos do Amazonas revelaram sentir maior aumento da gravidade em pacientes infectados pela P.1, durante o colapso no sistema de saúde do estado.
"O que sabemos é que ela tem maior transmissibilidade, mas não temos estudos que apontem maior gravidade da doença", lembra o pesquisador Juan Miguel Villalobos Salcedo, da Fiocruz Rondônia.
Em curitiba, o médico Falipe Bueno analisa o efeito da segunda onda no pPraná. "A gente tem hoje mais pacientes graves para uma quantidade de casos ativos. Se antes tinha uma quantidade de 12 mil, 13 mil casos ativos em Curitiba, e você não estava nem perto de colapsar, agora com 8.000 a gente está colapsando. Não é nem o caso grave em si, é que mais pessoas ficam mais graves e precisam de leitos de internamento", destaca.
O tempo de recuperação também tem sido mais prolongado, na visão do pneumologista Ricardo Martins, do Hospital Universitário de Brasília. O projeto UTIs Brasileiras estima o tempo médio de internação de um paciente em leito de terapia de 12,2 dias. Desses, 15,1% precisam ficar no hospital por mais de 30 dias.
Outra preocupação dos profissionais da saúde é que cada vez mais jovens estão dando entrada em leitos. "Sem dúvida muito mais jovens estão morrendo. Não estamos falando só de grupo de risco: isso está em todas as faixas etárias, atingindo bebês, crianças, adolescentes, mesmo sem comorbidade", analisa Rachel Teixeira, médica que atua em Fortaleza.

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