Use o 13º salário para pagar dívidas,
em primeiro lugar aquelas com as maiores taxas de juros (cartão de
crédito e cheque especial), mas reserve parte do valor recebido para a
quitação dos impostos do começo do ano como Imposto sobre Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Predial Territorial Urbano
(IPTU). Essas são as dicas de especialistas para o dinheiro que quem
trabalha com carteira assinada vai receber até 30 de novembro (a
primeira metade). Eles também recomendam cautela nos gastos com compras e
viagens para que o mês de março não registre aumento da inadimplência,
como tradicionalmente ocorre no País. O
13º salário deve ser pago ao trabalhador em até duas parcelas, sendo a
primeira até 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro, de
acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esse valor, porém,
não deve ser gasto sem critério. “O consumidor que está inadimplente
deve procurar limpar o nome, buscar os credores e usar a primeira
parcela do 13º para honrar as dívidas atrasadas ou se não conseguir
quitá-las integralmente usar os recursos na renegociação”, diz Luiz
Rabi, economista da Serasa. Segundo
Rabi, se o consumidor não está com o nome em listas de proteção ao
crédito, ele deve usar as parcelas do 13º para aproveitar as festas de
fim de ano, mas é importante preparar uma reserva para o início do ano
que vem. Dea cordo com o economista e professor Alessandro Zanoli
Bernardo, o consumidor deve guardar de 10% a 20% do 13º em uma poupança e
utilizar o restante para as compras de Natal. Antes de gastar, porém,
deve se lembrar de reservar parte do valor para o pagamento dos impostos
do começo do ano.
“Todo ano acontece a
mesma coisa e parece que o consumidor não aprende. No mês de março
sempre há um aumento da inadimplência porque as pessoas não se
programaram para gastos com impostos, matrícula de escola, material
escolar, além de parcelas que ainda sobraram das compras de Natal. É
preciso guardar para esse período. É importante fazer um bom
planejamento financeiro, manter uma reserva para esse período muito
crítico de pagamentos para evitar a inadimplência”, alerta Rabi.
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