O município de Camamu encontra-se em situação de total desprezo e
abandono. A atual administração não está preocupada, sequer, com a educação dos
jovens, que são o futuro da cidade e da nação, nem tampouco com os educadores,
que ocupam um papel fundamental na formação de opinião da sociedade e na
construção de um futuro melhor para todos.
É a partir da educação que se pode obter uma sociedade mais justa, com
menos violência, menos pessoas envolvidas com drogas ou coisas ilícitas; e,
consequentemente, com mais profissionais e cidadãos de bem.
Os professores de Camamu estão revoltados com a situação em que se
encontra o quadro educacional do município. Entre os problemas que estão enfrentando,
é possível citar: a não convocação dos concursados, substituindo-os por
contratados; a não efetivação do reajuste do piso nacional do magistério –
sancionado em 2013; o não cumprimento da negociação do pagamento do salário
referente ao mês de dezembro de 2012, assim como o 13º salário dos funcionários
municipais; a não execução do Plano de Carreira, referente às funções e cargos
pedagógicos e administrativos; a não regularização do quadro de funcionários da
Secretaria Municipal de Educação, pois há excessos de cargos e contratos
pedagógicos e administrativos; a redução da quantidade de classes nas escolas, o
que ocasiona a superlotação das salas; entre diversos outros fatores.
Em virtude de tentativas frustradas de negociação, desde o último mês de
abril, com a Prefeitura Municipal, leia-se com a gestora Emiliana da Mata, os
professores decidiram entrar em greve. Várias assembleias vêm sendo realizadas,
no entanto, nenhum posicionamento foi apresentado por parte da gestão municipal,
que não se manifesta a respeito dos problemas. Assim sendo, os educadores
camamuenses clamam por ajuda para resolverem essas questões e retomarem um
trabalho que se constitui como fundamental para toda sociedade.
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